terça-feira, 5 de junho de 2012
junho começa e a vida segue, seja do jeito que for
A fragilidade da vida chega a me estatizar por um momento, mas ela segue. a efemeridade. o meu não-saber de nada, nem de mim, nem do que sou. e isso segue. não é simples, mas é simples. a questão não sei ao certo, tentando encontrar...
sexta-feira, 1 de junho de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
na primavera
Eu quis o bom do inesperado, quis o improvável, quis querer qualquer hora, toda
hora.
Querer-ei ser tudo o que tenho sido, cada vez mais profunda, mais imersa na intensidade.
E tem sido bom ter tudo isso.
Tem sido, se eu não fosse tão dura pra falar... apaixonante.
Querer-ei ser tudo o que tenho sido, cada vez mais profunda, mais imersa na intensidade.
E tem sido bom ter tudo isso.
Tem sido, se eu não fosse tão dura pra falar... apaixonante.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Que lembre!
Eu quero registrar tudo sem perder um fiapo da história. O problema é que minha memória é fraca e não consegue decorar nem um refrão de uma música banal. Espero que o que me sobrou de imagens aqui dentro da cabeça permaneça, porque esquecer é o fim do passado.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Das curvas mutáveis
Quando eu era pequena, como todos as crianças, eu queria ser mil coisas quando crescesse. Desde confeiteira (pra comer bolo todo dia) até pilota de caça da FAB, veja só. A única profissão que nunca me passou pela cabeça foi a que hoje eu resolvi seguir.
Nunca decido nada tão concretamente na minha vida e sei que não tem como fazer isso. Ao passo que vamos as curvas aparecem. E meio que não vemos, meio que cegos por mais lúcidos que estejamos, os nossos passos são dados pra frente dessa higway chamada vida.
Hoje meu despertador tocou eram oito horas, só levantei às dez. Almocei na casa da minha vó, fui ao ensaio de uma peça de teatro de um amigo meu, fui para o cursinho pré-vestibular, tomei chuva no caminho (esses dias chovia e tinha um ventaval que mais parecia ciclone, enfim, ele levou meu guarda-chuva pro meio do dilúvio Ipiranga), voltei pra casa. Ultimamente minha vida tem sido assim e eu nunca imaginei que assim seria. São as curvas.
Antes eu pensava que se deveria sim obrigatoriamente planejar o futuro porque ficar sem saber o que fazer seria muito angustiante. Depois de um tempo pensei que planos não deveriam ser feitos nunca, afinal de contas eles sempre dão errado e de bandeja nos trazem uma dorzinha de decepção que corrói. Hoje penso que tudo é adaptável e principalmente que tudo é mutável. Não adianta me queixar de ter feito ou não, o que adianta é eu tentar. Frase clichê, eu sei, também não gosto de clichês, mas é a verdade que penso.
Aquilo que eu nunca tinha pensado em seguir como profissão acabou chegando em mim como um hobby, um passa tempo gostoso que me divertia, apesar dos perrengues que me dava. Mas me divertia, e muito. Hoje eu escolhi esse hobby para ser meu "ganha pão". Ainda não ganho meu pão com ele mas dá pra pagar umas biritas sábado à noite com os amigos. E isso me traz esperanças de que daqui a pouco, não falta muito, além das biritas conseguirei muito mais.
Talvez daqui um tempo eu veja que isso não passou de um hobby que me rendeu alguns trocados ou talvez daqui algum tempo a minha casa e minha harley tenham sido compradas com os trocados que esse hobby me deu, além das viagens e do conhecimento cultural gigantesco que tenho ganhado sempre, porque isso o teatro nunca me negou nem vai negar.
Nunca decido nada tão concretamente na minha vida e sei que não tem como fazer isso. Ao passo que vamos as curvas aparecem. E meio que não vemos, meio que cegos por mais lúcidos que estejamos, os nossos passos são dados pra frente dessa higway chamada vida.
Hoje meu despertador tocou eram oito horas, só levantei às dez. Almocei na casa da minha vó, fui ao ensaio de uma peça de teatro de um amigo meu, fui para o cursinho pré-vestibular, tomei chuva no caminho (esses dias chovia e tinha um ventaval que mais parecia ciclone, enfim, ele levou meu guarda-chuva pro meio do dilúvio Ipiranga), voltei pra casa. Ultimamente minha vida tem sido assim e eu nunca imaginei que assim seria. São as curvas.
Antes eu pensava que se deveria sim obrigatoriamente planejar o futuro porque ficar sem saber o que fazer seria muito angustiante. Depois de um tempo pensei que planos não deveriam ser feitos nunca, afinal de contas eles sempre dão errado e de bandeja nos trazem uma dorzinha de decepção que corrói. Hoje penso que tudo é adaptável e principalmente que tudo é mutável. Não adianta me queixar de ter feito ou não, o que adianta é eu tentar. Frase clichê, eu sei, também não gosto de clichês, mas é a verdade que penso.
Aquilo que eu nunca tinha pensado em seguir como profissão acabou chegando em mim como um hobby, um passa tempo gostoso que me divertia, apesar dos perrengues que me dava. Mas me divertia, e muito. Hoje eu escolhi esse hobby para ser meu "ganha pão". Ainda não ganho meu pão com ele mas dá pra pagar umas biritas sábado à noite com os amigos. E isso me traz esperanças de que daqui a pouco, não falta muito, além das biritas conseguirei muito mais.
Talvez daqui um tempo eu veja que isso não passou de um hobby que me rendeu alguns trocados ou talvez daqui algum tempo a minha casa e minha harley tenham sido compradas com os trocados que esse hobby me deu, além das viagens e do conhecimento cultural gigantesco que tenho ganhado sempre, porque isso o teatro nunca me negou nem vai negar.
terça-feira, 26 de julho de 2011
sobre amores platônicos
e o que me consumiu foi o fato de eu ter curiosidade e não conseguir satisfazer ela. não foi a ficção, a platonicidade que eu coloquei nele. não foram os pensamentos melodramáticos sobre a nossa relação ou sobre as nossas possíveis conversas. o que me consumiu foi realmente isso: a curiosidade que eu não saciei. as coisas que eu queria ter descoberto e ele não deixou. nem quis saber por onde eu andava mais.
só que eu sei que não posso fazer disso tripas-coração. e faço da frase anterior um mantra.
só que eu sei que não posso fazer disso tripas-coração. e faço da frase anterior um mantra.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
"... até ouvir um 'não' consternado que o levará a ignorar o calendário dali por diante, com medo de errar. Ele despreza o tempo que não entende. Aliás, ignora tudo aquilo que não entende; passa ao largo, não vê, esquece, apaga, ou transforma em um teatro que torna fisicamente palpável o que de outra forma não tem significado..."
em O Filho Eterno, Cristovão Tezza.
um não sem falas que me fez desviar de onde quis chegar.
em O Filho Eterno, Cristovão Tezza.
um não sem falas que me fez desviar de onde quis chegar.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Realmente despreparados
Eu lembro de uma vez em que voltava da escola com ela. Quando o ônibus dobrou a esquina nós pulamos para dentro dele sem piscar os olhos. Se perdessemos aquele demoraria um poucão até vir outro. Quando estávamos descendo a rua de casa eu me dei conta que tinha esquecido minha mochila na parada. Tadinha, ela se culpou por não ter lembrado. Não foi culpa dela, era minha responsabilidade. Apesar de eu estar a recém na primeira série, eu já deveria saber que a minha mochila quem deve cuidar sou eu.
Ela sempre foi muito carinhosa, muito turrona às vezes, falava uma bobagens como "tu tem titica de galinha na cabeça!" e me chamava carinhosamente de "minha cabritinha". Foi criada no interior, era o que eu sempre pensava.
A nossa vida é mesmo coisa muito frágil, sem segurança. Quem diria que hoje, aquela que me cuidava, me buscava na escola, iria precisar de uma "babá".
Situações difíceis iremos enfrentar a vida inteira, mas têm algumas que nos perguntamos como pôde acontecer e ficamos sem explicação plausível.
Alzheimer. Ninguém nunca imaginou. Veio rápido, repentino e quando nos demos conta ela já dependia de nós pra tudo.
Eu que sempre imaginei que o máximo que poderia acontecer de mudança na minha vida familiar fosse a separação dos meus pais e que o resto continuaria na mesma rotina, indo na casa delas, comer pipoca, tomar chimarrão, como sempre foi até o fim da vida. Seria bom, como sempre foi.
Mas têm coisas que nos pegam realmente desprevinidos. Realmente despreparados.
[É aí que penso mais que o que vale mesmo é como seremos lembrados por quem nós gostamos. Como serei lembrada? -Ela ainda sabe quem eu sou, a "cabritinha"?]
Ela sempre foi muito carinhosa, muito turrona às vezes, falava uma bobagens como "tu tem titica de galinha na cabeça!" e me chamava carinhosamente de "minha cabritinha". Foi criada no interior, era o que eu sempre pensava.
A nossa vida é mesmo coisa muito frágil, sem segurança. Quem diria que hoje, aquela que me cuidava, me buscava na escola, iria precisar de uma "babá".
Situações difíceis iremos enfrentar a vida inteira, mas têm algumas que nos perguntamos como pôde acontecer e ficamos sem explicação plausível.
Alzheimer. Ninguém nunca imaginou. Veio rápido, repentino e quando nos demos conta ela já dependia de nós pra tudo.
Eu que sempre imaginei que o máximo que poderia acontecer de mudança na minha vida familiar fosse a separação dos meus pais e que o resto continuaria na mesma rotina, indo na casa delas, comer pipoca, tomar chimarrão, como sempre foi até o fim da vida. Seria bom, como sempre foi.
Mas têm coisas que nos pegam realmente desprevinidos. Realmente despreparados.
[É aí que penso mais que o que vale mesmo é como seremos lembrados por quem nós gostamos. Como serei lembrada? -Ela ainda sabe quem eu sou, a "cabritinha"?]
terça-feira, 28 de junho de 2011
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