terça-feira, 6 de abril de 2010

-Eu não vivo nos teus sonhos...

-Eu não vivo nos teus sonhos...
Foi isso que ele disse.Naquela hora mil pensamentos inundaram a cabeça dela, o coração já não batia calmo e os olhos não exergavam mais com nitidez mas pra interromper a inundação surgiu o complemento: -a não ser que você queira.
A rua parecia estar mais caótica do que o normal quando ela se viu sozinha naquela calçada.E de fundo a música da Cássia : "...que tudo era 'pra sempre' sem saber que o 'pra sempre' sempre acaba."
Aquele dia parecia ser tão lindo, com um sol alaranjado nascendo no horizonte, os passarinhos cantando, a criançada feliz indo pra escola, as pessoas felizes indo pro trabalho, tudo no seu curso normal, bonito e alegre.Quem poderia imaginar que ele não queria mais ela pra si? Bem, acho que só ela.
Ela queria ele nos seus sonhos, sempre quis e deve ser por isso que ele vivia lá e não vivia por que queria,vivia por que queriam que vivesse.Uma sutil diferença.Era ela e não ele.O dia era dela e não dele.O sol era pra ela e não pra ele e a música também.

Enxugando a última água visível no seu rosto ela tratou de andar.Andar rumo a sua casa, rumo a sua cama, rumo a seus sonhos.E lá estava ele, denovo nos seus sonhos.Desse vez era diferente, ele estava indo embora, pegando um ônibus pro Chile (ela não gostava do Chile?)."Bem acho que isso foi um 'adeus meu caro'.",ela pensou.E era.No dia seguinte acordou, o sol alaranjado nascendo no horizonte, os pásaros cantandos, a criançada anarquista indo pra escola, o pessoal estressado/sonolento/sem vontade indo pro trabalho, tudo no seu curso normal, bonito e alegre.Quem poderia imaginar que ela treinaria um novo colega de serviço bonitão da redação.E de fundo uma outra música.Uma música qualquer.Uma música sem muita profundidade filosófica, apenas com o poder de fazer ela viver nos sonhos dele, o bonitão.





[Não planejo os meus textos que aqui escrevo.Eles fluem.Espero que esse tenha ficado bom (ou pelo menos algo perto de bom, haha).Beijos da Mare!]

Um comentário:

  1. Cara, sério, adorei o texto.

    Você podia fazer uma cronica foda com ele, de verdade *-*

    Engraçado como eu SEMPRE te leio, mas nunca comento.

    É o mal de acompanhar por RSS. :/

    Mas venho comentar de vez em quando agora, juro :D

    :***********

    Au revoir, monamour

    ResponderExcluir