segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Uma força dessas que não é de músculos,
não é de fibras,
não tem a ver com carne nenhuma.
Uma força que surge das entranhas, mas vem de muito mais profundo.
Vem do fundo e de antes.
Acho até que tem muito de ancestralidade
nessa força toda.
Quando ouço as histórias delas, quando me reconheço como fruto  que também vai deixar sementes, quando percebo que não é parecendo grandiosa que essa força se torna assim... imensa, gigante... Esse senso do coletivo mulher.
Mulher meio bruxa, meio loba, meio cientista, meio poeta.
Meio inteira, mesmo cheia de rachaduras centenárias.
Historicamente tratadas como metades, meios, menores e o que mais for nesse caminho.
"Torna-se mulher", disseram. Ela disse.
Disseram tantas coisas, não é mesmo?!
E eu ouvi. Ainda ouço tudo.
Contudo, aprendo cada vez mais a sentir. Dia após dia.
Sentindo os dias e o que vem com eles.
E isso,
meu bem,
é o que é essa força.

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