terça-feira, 28 de novembro de 2017

Das descomplicâncias dos afetos

Acordei com vontade de desatar nós.
Desfazer emaranhados de cacos embaixo do peito.
Acordei com vontade de nos suavizar com um despretensioso "como vai?".

Quanta coisa a gente carrega pesando o caminho, amuando o coração, retumbando em sonhos e se engaiolando em quereres.
Vamos aos fazeres!
Afinal de contas, não deve ser tão difícil dizer oi.

- Oi, eu tô aqui pra dizer que depois desse tempo todo meu coração se aquietou. Sei que alguns quereres... Bem, eu sei que não serão aquietados, mas tá tudo bem, de verdade. Já passou, foi. Aliás, que bom saber que tu vai bem e que entende o meu não dizer mais nada com secume daquele verão passado. Fui seca, fui corte, mas não porque não te queria, pelo contrário. Demorou pra eu parar de aguar por ti... Enfim, tô bem, vim dizer um oi e arrumar esses rastros de bagunça que ficaram por aqui. Ainda quero aquela tarde, pra te devolver aquele livro (que nunca li).

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